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Teste para depressão, colesterol e HIV serão incluídos nos exames de rotina de crianças americanas


Medida visa identificar cedo as doenças que estão acometendo crianças e adolescentes nos EUA

A Academia Americana de Pediatria lançou uma nova recomendação: nos pedidos de exames de rotina, os pediatras devem incluir testes para a detecção de problemas como colesterol alto, depressão e HIV, para as crianças e adolescentes dos Estados Unidos. O objetivo é identificar precocemente para poder tratar o quanto antes.


O exame de colesterol terá início aos 9 anos de idade e deverá ser repetido anualmente. Nos Estados Unidos, segundo dados do governo, 20% dos adolescentes têm níveis altos de colesterol – e o problema costuma ter início na infância.


O rastreamento da depressão começará quando a criança completar 11 anos – e deve se repetir até os 21. A medida é importante porque pesquisas feitas pelo Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos revelaram que, em 2013, quase 11% da população entre 12 e 17 anos tinha a doença. Isso representa um total de 2,6 milhões de crianças e adolescente afetados pela depressão.


Para o HIV, a recomendação é que os exames sejam feitos dos 16 aos 18 anos, visando responder à tendência de alta da contaminação pelo vírus no país. Entre todos os casos de HIV nos EUA, um quarto são de pessoas entre 13 e 24 anos.


No Brasil


Por aqui, entre os exames pedidos rotineiramente pelos pediatras estão hemograma e ferritina, devido à vulnerabilidade à anemia que as crianças brasileiras costumam apresentar, por conta de alimentação.


Exames para HIV, colesterol e depressão não são formalmente recomendados como de rotina pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Apenas o de colesterol costuma ser pedido pelos pediatras, mas também não é regra.


“O pedido do teste de colesterol é uma coisa consensual. Nós, membros da Sociedade, costumamos pedir aos nossos pacientes. Só não tivemos ainda a chance de fazer uma recomendação formal e por escrito na SBP, mas costumamos recomendar a prática em congressos que realizamos”, afirma Dennis Burns, pediatra e diretor dos Departamentos Científicos da SBP.


Segundo o médico, o diagnóstico da infecção pelo HIV ainda não é incluído na rotina de exames dos adolescentes no Brasil. “Isso fica um pouco complicado por questões culturais. Costumamos pedir esse teste apenas quando há uma boa razão ou suspeita. Se não, não pedimos”, diz Burns.


No caso da detecção da depressão, também não existe recomendação específica. “É uma doença real e muito prejudicial, mas acho que muitos pediatras ainda não estão atentos para essa questão. É necessário um maior preparo dos médicos pediatras para, no mínimo, considerar a possibilidade de a criança ter depressão. O pediatra não é apenas médico da criança, mas de todo o seu ambiente, incluindo a família. Ele precisa estar atento. Se houver suspeita, a criança deve ser acompanhada por um especialista”, explica Burns.

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