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Oficina discute comunicação e prevenção às IST, HIV e hepatites virais entre pessoas que usam álcool

Participaram representantes de ONG e coletivos que atuam na prevenção às IST, ao HIV/Aids e às hepatites virais entre pessoas que usam drogas



Representantes de coletivos de Redução de Danos e de organizações que atuam com pessoas que usam álcool e outras drogas e prevenção às IST, HIV/aids e Hepatites Virais participaram nos dias 12 e 13 de novembro da oficina sobre Comunicação e Prevenção das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, em Brasília. Durante dois dias, os participantes discutiram as melhores estratégias de comunicação para fazer frente aos agravos infectocontagiosos entre a população que usa álcool e outras drogas.


No primeiro dia, os participantes puderam ouvir relatos de experiências inspiradoras, como a do Coletivo Papo Reto, que atua nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro. Em sua apresentação, Renata Trajano explicou que o Papo Reto sustenta canais que mantém informados os moradores, especialmente durante os dias de tiroteio na comunidade. “Não adianta falar em coletivo, em ações sociais, se eu não for para a rua”, afirmou. Renata relatou que a redução de danos é um desafio constante. “A gente tem todo dia uma demanda diferente. Temos que nos reinventar, não adianta apenas falar sobre a redução de danos se não fizermos um trabalho direto com os moradores das comunidades”, ressaltou


Já o Afrobapho, de Salvador, usa a articulação de diferentes expressões artísticas para atuar na intersecção entre raça, gênero e sexualidade. Representante do grupo na oficina, o produtor cultural Alan Costa falou do ensaio “Genocídio da Juventude Negra”, que despertou a atenção da Anistia Internacional, motivando o convite para que o Afrobapho participasse de uma série de ações da organização. Foi a partir da frequência em eventos gays de Salvador que o seu representante na Oficina, Alan Costa Bispo, reparou a necessidade da criação do coletivo. “Precisávamos dar conta de que as demandas da população negra e jovem LGBT não estavam sendo supridas dentro da própria comunidade LGBT”, disse.


O Jornal Maré de Notícias, que circula nas 16 favelas do Complexo da Maré, foi tema da terceira apresentação do primeiro dia da oficina. A jornalista Eliane de Macedo Salles, editora-chefe da publicação, apresentou o trabalho que visa recuperar a autoestima da população local. “O nosso lema é fazer com que os moradores tenham orgulho de ser favela”, disse. O jornal, que iniciou com 30 mil exemplares na edição semanal em 2009, ano de seu lançamento, atualmente tem tiragem de 50 mil cópias. “As pautas são reservadas aos interesses da comunidade, temos pauta livre e buscamos desconstruir a ideia de violência, de conflitos, da criminalidade e da pobreza, que tanto marcam quem mora na Maré”, afirmou.


Na apresentação de “Drogas: Redução de Danos”, Júlia Alves explicou que não se trata especificamente de um coletivo ou de uma organização. “Trata-se de uma agenda positiva, criada a partir de demandas a uma agência e que repercutiu muito bem nos trabalhos iniciais junto à imprensa quanto à redução de danos às pessoas que usam drogas”, explicou. O projeto nasceu da articulação entre o Centro de Convivência É de Lei e a Plataforma Brasileira de Política Sobre Drogas, com duas ações já desenvolvidas: “Rolê Sem Vacilo” (para ações durante o carnaval de São Paulo, promovendo o conceito de redução de danos e de cuidados e prevenção aos riscos causados pelo uso de substâncias durante a festa) e “Copo do Mundo” (com alertas sobre o consumo banalizado do álcool, incentivado pela publicidade, durante a realização da Copa do Mundo).


Na terça-feira (13), os participantes discutiram sobre estratégias de comunicação e prevenção às IST, HIV/aids e HV, a partir de situações-problema, em atividades de grupos de trabalho. Em seguida, os grupos apresentaram suas propostas e debateram os planos elaborados durante a oficina.


Participantes – Thainã Silva Ferreira de Medeiros (Movimentos; Rio de Janeiro); Renata Trajano (Coletivo Papo Reto; Rio de Janeiro); Júlia Alves Drogas: Reduzir Danos; São Paulo); Alan Costa Bispo (AfroBapho; Bahia); Eliane de Macedo Salles (Maré de Notícias; Rio de Janeiro); Ana Luiza Satie Voltolini Uwai e Michel Marques (É De Lei; São Paulo); Rafael Salvador Regiani CAC (Centro de Apoio ao Cidadão; Espírito Santo); Lívia Conti Vieira Associação Capixaba de Redução de Danos – ACARD; Espírito Santo); Liamar Oliveira (Grupo Pela Vidda Goiânia; Goiás); Sebastião de Campos Arinos Júnior (Associação Águia Morena; Mato Grosso do Sul); Gabriel Nolasco IBISS-CO – Instituto Brasileiro de Inovações pró-Sociedade Saudável Centro-Oeste; Mato Grosso do Sul); Maria Margarida de Sá Souza AMAR – Associação das Mulheres do Acre Revolucionárias; Acre); Robervaldo Rodrigues Moura Associação Riobranquense de Deficientes Físicos – ARDEF; Acre); Álvaro Augusto de Andrade Mendes (Associação de Redução de Danos do Acre – AREDACRE; Acre); Júnior Monte (Associação AGÁ & Vida; Acre) Antonio Efraim de Lima Lisboa (Coletivo Difusão Amazonas; Amazonas); Everton Marques Yura-Na – Liga Amazonense de Apoio aos Portadores de Hepatite e Controle Social; Amazonas); Batterflay Villar (Associação de Travestis, Transexuais e Homossexuais de Iguatu – ATTRHI; Ceará); Rosilene Farias Batista Cordel Vida - Centro de Orientação e Desenvolvimento de Luta pela Vida; Paraíba); João Carlos Sobrosa (Grupo Vale a Vida; Rio Grande do Sul); Luiz Otávio Borges (Associação de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros de Rio Grande - ALGBT; Rio Grande do Sul); Sônia Golubcik (Associação de Transgêneros de Novo Hamburgo; Rio Grande do Sul); Rafaelly Wiest da Silva (Grupo Dignidade – Pela Cidadania de Gays, Lésbicas e Transgêneros; Paraná) José Luis de Freitas Pimenta (Instituição Assistencial Beneficente Conceição Macedo – IBCM; Bahia); (Associação de Travestis e Transexuais de Sergipe - ASTRA; Sergipe); Liliana Cristina Mussi e Alexandre Federici (Terra das Andorinhas; São Paulo); Ana Cristina Carvalho de Oliveira (Associação de Bem com a Vida; Roraima); Domiciano José Ribeiro Siqueira (Associação Brasileira de Redução de Danos – ABORDA; Rio de Janeiro); Osvaldo Fernandez (Rede Nacional de Redução de Danos e Direitos Humanos – REDUC); Thyffani Odara Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas – RENFA); Evalcilene Costa dos Santos Associação de Redução de Danos do Amazonas – ARDAM; Amazonas); Amanda Ferreira (Iniciativa Negra por uma Nova Política de Drogas – INNPD); Amanda Araújo Mendes Coletivo Balanceará; Ceará); Dayana Gusmão da Silva (Espaço Normal; Rio de Janeiro); Jamille Ovadia Moraes (Coletivo Lótus de Redução de Danos; Rio Grande do Sul); Nathália Oliveira da Silva (Plataforma Brasileira de Políticas sobre Drogas – PBPD).

Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais

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